O projeto “Olhos do Pantanal”, utiliza inteligência artificial e imagens de satélite para detectar e monitorar incêndios florestais no bioma pantaneiro.
Os alunos da Rede Estadual de Ensino (REE) e do Senac MS já estão em Belém (PA), onde representam Mato Grosso do Sul na etapa nacional do Desafio Liga Jovem (DLJ3) — a maior competição estudantil de empreendedorismo e inovação social do Brasil, promovida pelo Sebrae Nacional e executada pelo Instituto Ideias de Futuro.
A equipe Bitmentes, formada por estudantes da Escola Estadual Cívico-Militar Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), é a única representante sul-mato-grossense entre as finalistas. O grupo foi desenvolvido no Itinerário de Formação Técnica e Profissional (FTP), com aulas orientadas pelo corpo docente do Senac MS dentro da rede estadual — parceria que vem democratizando o acesso ao ensino profissional o em todo o Estado.
Pela primeira vez, a capital paraense recebe o encerramento do programa. Ao todo, 376 participantes, entre alunos e professores, estão reunidos para a etapa decisiva, que irá anunciar os vencedores nesta terça-feira (2), durante o Festival LED – Luz na Educação, da Rede Globo, na Estação das Docas, em Belém, no Pará.
A equipe Bitmentes, da Escola Estadual Cívico-Militar Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias, é a única representante sul-mato-grossense finalista.
Tecnologia contra incêndios no Pantanal
O projeto finalista da Bitmentes, “Olhos do Pantanal”, utiliza inteligência artificial e imagens de satélite para detectar e monitorar incêndios florestais no bioma pantaneiro. Uma solução pensada para proteger uma das maiores riquezas ambientais do país.
A proposta nasceu nas aulas de Desenvolvimento de Jogos Digitais e foi validada em visita técnica ao Centro Integrado do Corpo de Bombeiros, onde os alunos testaram a ferramenta em cenários reais de monitoramento.
“Eles entenderam que tecnologia boa é a que resolve problema real. Chegar a Belém é a prova de que propósito e ensino profissional transformam vidas”, afirma o professor Felipe Doza, do Senac Hub Academy e mentor da equipe.
Inovação que vem da escola pública
O Desafio Liga Jovem reuniu mais de 62 mil estudantes e 5 mil projetos de todo o Brasil. Chegar à final já coloca a Bitmentes entre as melhores iniciativas estudantis de impacto social do país.
O trabalho da equipe também evidencia o salto do ensino profissional integrado ao Ensino Médio em Mato Grosso do Sul. Só em 2025, o programa atendeu 36 mil estudantes em 243 escolas da REE, com 27 itinerários técnicos profissional distintos.
Para a diretora regional do Senac MS, Jordana Duenha, o resultado confirma que a política pública está funcionando:
“Quando conectamos ensino médio e formação profissional, ampliamos possibilidades. Esses jovens mostram que Mato Grosso do Sul tem talento, tem propósito e tem futuro.”
Outros projetos do Senac também se destacaram
Além do projeto finalista, cinco iniciativas do Senac MS chegaram à fase estadual — do ensino médio ao superior. O OrientaApp, da Faculdade Senac, foi o único projeto de instituição privada entre os finalistas universitários, com tecnologia assistiva voltada para acessibilidade. Projetos do Programa Voucher Desenvolvedor e da Fábrica de Software também marcaram presença entre os melhores do Estado.
Esse desempenho rendeu ao Senac Hub Academy o título de Escola Empreendedora, concedido pelo Sebrae pelo engajamento exemplar de professores, alunos e comunidade.
Belém é só o começo
Com o “Olhos do Pantanal” no palco nacional, os estudantes levam com eles o nome do Pantanal, da educação pública e de um ensino profissional que não tem medo do futuro.